O Senhor Hipos Philos - part. 1
Caminhando em passos sonoros como o tocar de piano
Relaxando os músculos e observando o esplendor
É o tempo em que me deparo com um senhor
Que estava em cima de uma pedra, meditando
Corri até em sua direção por pura curiosidade
Fui em uma inocência e pureza de criança, é verdade
E nesse momento de sanidade, encontrei uma voz de sinceridade
Olá, me chamo Hipos Philos
Percebi a sua chegada desde muito distante
Direi algumas palavras e não se ofenda, sou destino
Sou o mestre das hipóteses e peço que não se espante
"Tu, ser humano frágil, vingando o mal que te foi entregue
Tu, que nem sei teu nome, mas é fruto concebido de um ninho impiedoso
Ouvirás palavras que lhe atingirão a alma, um pequeno teste
Peço que ouça cada hipótese desse mantra poderoso"
Pergunto-lhe: "como sou ser humano frágil se não me conheces?"
Hipos Philos segue em ritmo de resposta e raciocínio lógico em rápida sincronia
Nada que se enquadre em um ser humano que viva por essas redondezas
Após minha pergunta, decidi refletir sobre cada palavra que falaria
"Entenda, eu não preciso te conhecer com o tempo. O tempo se deixa resolver por si só
Sou a grama que pisas e a árvore que tu cortas e não sente dó
Estou vagando por muitos lugares e não me preocupo em querer desatar teus nós"
“Aprenda, tu dormes com a incerteza e acorda com uma breve certeza
De que adianta morrer inteiro e só viver pela metade?
As pedras que te jogam são breves colapsos da impureza
Guarde-as e forme estruturas que te forneçam o exercício de uma realidade”.
"Sou Hipos Philos e lhe deixo um recado importante: vague por todo esse ninho
Se quiser bebas do veneno e ande pelas trevas, apenas ressalto que você é um breve acaso
Sonhe com muita coisa, deite um pouco, conheça muito e odeie pouco
Sou destino e permita-se decidir uma hipótese em que seja um destino claro”