Morri de verdades
Certamente
as mentiras
têm um afago
leve
A verdade
sempre solitária
canta
seu próprio luto
quem chorará
com ela?
os muros da cidade?
ou as lápides
frias que cobrem
seu sorriso?
À tez da minha
força
deixo intercaladas
as poucas
palavras
que já não falo
guardo
das coisas poucas
no chão
uns versos
coisas breves
espalhadas
sem importância
Perderam-se
o encanto
vagam
perdidas
no tempo
morreram
pelo encanto
que tinham
morreram
ocultas
pelas mentiras
e morreram
pela magestosa
beleza
do simples
ser
e dos muitos
que morrem
de mentiras
eu Morri...
Morri de verdades
***
22/03/2018