Vitrine
Os poemas não têm cheiros,
não têm dinheiro:
cabelos
em que nos agarremos,
puxemos, acariciemos...
Eles vagam livres do físico
como almas das almas
numa vitrine
própria à transparência
na qual insinua brilhos
com a luz suficiente,
não como se dá nas profundezas
Dispensando-se aos superficiais,
os despretensiosos
em forma e conteúdo,
os poemas podem sim
serem muito
além de banner,
de cartaz
a expor as suas virtudes:
esmeradas combinações
estéticas, semânticas
românticas...
...Propositalmente, suaves ou ferinas
como o álter ego rápido
dobrando esquinas
sob o olhar curioso
do leitor que se identifique.
Até se veja neles
São o alimento
do decorador de sonhos
prestes a ser devorado
Os poemas não têm cheiros,
não têm dinheiro:
cabelos
em que nos agarremos,
puxemos, acariciemos...
Eles vagam livres do físico
como almas das almas
numa vitrine
própria à transparência
na qual insinua brilhos
com a luz suficiente,
não como se dá nas profundezas
Dispensando-se aos superficiais,
os despretensiosos
em forma e conteúdo,
os poemas podem sim
serem muito
além de banner,
de cartaz
a expor as suas virtudes:
esmeradas combinações
estéticas, semânticas
românticas...
...Propositalmente, suaves ou ferinas
como o álter ego rápido
dobrando esquinas
sob o olhar curioso
do leitor que se identifique.
Até se veja neles
São o alimento
do decorador de sonhos
prestes a ser devorado