Particular
Sou filho de hábitos que mortificam,
Criatura de perfil perdedor.
Nas paredes do meu quarto
Não há quadros belos,
Há derrotas!
Eu as coleciono uma por uma
Em minhas andanças,
Lembro de poucas vitórias
De raríssimas alegrias verdadeiras.
O emblema frontal da porta é uma espada,
Uma espada desengrenhada!
Daquelas que não prestam para mais nada.
Do lado traseiro da porta há um ícone incomum como eu,
Não é a imagem de Cristo!
É a ausência Dele.
Deste lado está tudo pintado de verde,
É que mesmo batendo nela sem forças
Eu, você
Podemos ver nisso, algo promissor.
Não é o dinheiro remoto!
É a terna e velha esperança...