FÚRIA DE VIVER
Eu ouço gritos
Mas não vejo ninguém
Sinto uma fúria de viver
Eu queria entender
Quem nunca se ferrou
Esperou algo e no fim
Não ganhou o que esperava
Eu sou um nada
E você é um ninguém
Então não tente me convencer
Que eu nunca vou alguém
Só porque não sou o melhor
Não quer dizer que eu sou o pior
Quando eu era criança
Eu achava tudo tão legal
E tão simples e bonito
Hoje tudo é tão banal
Tão sem graça
Quando eu saio na rua
Sinto vontade de voltar para casa
Me recolher a minha insignificância
Ficar trancado no meu nada
Não costumo prestar atenção
Já digo isso de antemão
Não consigo entender
O porque de toda essa solidão
Esse é meu mundo
Aqui sou apenas um jovem solitário
Boêmio e simplesmente vagabundo