Sinfonia de Grades
Entre um verso e outro, meu desespero se faz presente.
E nem sempre ausente é ele; mas, discreto como sempre,
Me faz acreditar em um dia tranquilo repleto de canções alegres.
Mas em questão de segundos, o pesadelo irrompe novamente como uma torrente.
Versejando ao ar livre, mas preso como antes;
Refém de meus sentidos; meus anseios e desejos;
Sou peixe que não nada. Sou pássaro sem asas ou, de asas quebradas.
Sou noite escura sem a luz da lua.
Sou um ser que subsiste, não que vive;
Sou um homem “livre” cercado por sinfonias tristes.