Pó-eta
Não escrevo poemas
Escrevo pó
é,
mas,
nada
é mais poeirento
do que a minha forma de pensar
Não encontro sentido nenhum nas palavras
e lanço-as ao papel
como se elas fossem
apenas
pedras jogadas ao mar
Há um barulho na minha cabeça
a martelar constante as construções das minhas ideias
e a areia que toma conta da minha percepção às coisas
é a insignificância do siso dos conteúdos.