Possessão
A sandice estrutural
Que encima a calma,
É o apetite visceral
Que polui a alma.
Está o diabo a embotar sua mente;
Como um verme tenebroso?
Ou, será a sua natureza reticente,
Num grito tépido e ansioso?
A dúvida que nele vigora,
Não resulta do pavor alheio,
Mas, da insubmissão do anseio.
Todavia, por que não exorcizar
Essa agônica vaidade?
Porque, nessa possessão, só há liberdade.