Jogo da Vida (Paradigmas da Partida de Truco)
Eu, dês de que me lembro sou assim, não sei se vim com defeito ou se todo mundo que é assim...
A mão da vida misturou com vontade, esta mão que me entregou desde a tenra idade...
Numas rodadas entro trucando, noutras escondo a carta pra ninguém olhar...
Nem o maior nem o menor; sigo pelo meio
Como meio-soprano ou barítono, admirando, o grave e o agudo da entonação...
Desta música chamada vida, aplauso ou vaia não escutei...
Tem muita coisa que ainda não sei...
Se sou quebra-cabeça com peças faltantes, ou se sou uma obra impressionista empolgante...
Como num castelo de cartas, minhas falhas se apóiam uma nas outras, sustentando toda a estrutura justamente por não estar nem em pé ou deitado...
E assim distribuindo o peso e erguendo se casa vez mais...
Eu já não ligo se não consigo ler cada sinal que meu parceiro faz, hora vou na sorte e adivinho o que a mão traz, hora peço truco mais três pontos pro adversário, lá se vai...
Talvez não ser o melhor em algo tenha me tornado razoável de varias maneiras, então talvez esta seja minha jogada especial
Com várias regras sei jogar, aprender e adaptar, esta talvez a habilidade que tanto procuro achar...
Eu, dês de que me lembro sou assim...
Não sei se vim com defeito ou se todo mundo na verdade é assim...