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Onda há felicidade?

Nas manhãs de frio e sorte?

Para que tua liberdade?

Se condenado estás à morte

Onde andas teu amor?

No leito de alguém

Quem?

Por que não falas tua dor?

Não importa mais ninguém

Tuas histórias...

A tua vida

Tua casa

Tua comida

Teu riso frouxo e sem graça

Seus sinais

Suas trapaças

Por que gritam aos prantos teu nome?

Ninguém há de escutar!

Por que viver tu agora?

Se pode morrer

Para que guardar memórias?

Elas te vão doer

Ó, ser tão perspicaz

Vive

Não para mais

Insiste na porta bater

És sadio?

Inocente...

Como tola essa gente

Para quê? Para quê?

Onde estão tuas palavras?!

Descabidas

Desvairadas

Imundas, sujas, sem jeito!

Por que rejeitas a mim assim?

O que fiz eu para ti?

Quão terríveis são os meus defeitos?

Por que tu não mais faz a reza?

Por que me lembra o que não me resta?

Por que só me faz

Dor

Ó, pobre de mim!

Ainda está aqui?

Vá embora, por favor!

Eu suplico

Eu imploro

Em minha glória enegrecida

Em meu leito

Me afogo

E minha alma

Destemida

A questão que paira em mim

Como quanto irei sentir

Tanto quanto sinto

Como hei de viver sem sangrar?

Como ser oca

Seca

Nada

E só

Até o meu destino sanar?

Bruna S S E
Enviado por Bruna S S E em 18/02/2018
Código do texto: T6256992
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