Meu coração-cupido
A poesia pediu-me que viesse
no abrir asas da minha saudade,
para dizer-te da felicidade
que, no meu coração, ora floresce.
Pediu-me que falasse da vontade
que me chafurda fundo o pensamento
e que me põe a semear o vento,
para colher paixões na tempestade.
Eis-me -servil- a mando da Poesia,
em meio a tempestades de paixão.
Trago a salvo, o escravo coração,
que não soube fugir quando podia.