MERGULHO HUMANO
Juliana Valis




Mergulhei entre os mares do infinito,

No fundo, vi que a vida é verso tão voraz

Que faz do sonho o dinamismo mais aflito,

Assim, no abismo entre guerra e toda paz...




Naufraguei nos versos como quem sonda a própria alma,

E, na palma dos dispersos sentimentos,

Vi momentos entre o medo e o amor que acalma

Nas tantas luzes da existência em trechos lentos... 




E, assim, nadei entre os peixes da esperança,

Nas tantas águas como enigmas de amor,

Como sonda de emoção que apenas dança

A simples música que essa alma me ensinou... 



E, desde então, meu coração se veste em luz,

No vislumbre intrínseco ao sonho que elucida

Toda força que o sublime amor produz

Pra dar sentido ao labirinto desta vida !



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