NAS AREIAS

Nas areias fina, movida a força dos ventos, por entres os espaços do ontem, do agora e o do amanhã.

Firmaram indefinidas paisagem, que de tamanha beleza, apenas comparada ao teu rosto refletido.

Levaria o dia todo ou uma vida, a te contemplar, por entre todo esse deserto e oásis.

A esperança chamada amor, de um homem apaixonado,

que seja sempre bom sua permaneça, enquanto não seja bem vindo.

Interatividade, para quem se esconde em seu casulo,

um dia antes do casamento.

É uma grande frustração, para aqueles que de infelicidade

é esperado em um determinado hospício, ou sempre livre, para contar um segredo, qualquer que seja.

A grande esperança e vencer esse deserto de areias.

A quem mais ama, ainda assim há segredos.

Não quero parecer ingrato, não posso mentir, não há uma única linha que eu respire, que não tenha o sol como testemunha.

Da delicadeza em te comparar com o que há de mais belo que se via pela janela do trem em movimento.

Restou apenas o deserto.

Tenho que me contentar com as infinitas e mutantes formas das paisagens, sempre aquelas remetidas as areias levadas pelo

vendaval de sangue bombeados por um único coração.

De Orlando Oliveiras em 26 de Janeiro de 2018.