Grito de alerta
Não quero ouvir da boca do fuzil
um canto de honor à liberdade.
Também não quero ouvir a falsidade
de quem gagueja em nome do Brasil.
Não quero ouvir ninguém fazer psiu,
quando a voz da justiça for ouvida.
Prefiro ouvir o povo na avenida
a ensaiar seu "puta-que-pariu".
Não quero ouvir as vozes dos canalhas
a defecar, no fio das navalhas,
os dejetos da vã hipocrisia.
Saibam vocês que a verve do poeta
decifra, assimila e interpreta,
a intensão velada do messias.