a realidade escondida
Encontro-me tateando a realidade,
Completamente cego,
Uma nuvem escura impede a visão,
Cinge fortemente o pensamento,
E fere intimamente o ego.
No pano de fundo negro,
Faz morada duradoura, a fantasia,
Paisagens irreais vejo passar,
Ocultam a realidade,
Prendendo o pensamento com maestria.
Sombras da realidade projetam-se,
E como monstros interiores,
Externam-se nas paredes escuras,
Assombrando o observador,
Com flashs apavoradores.
A fortuita tentativa de romper o ciclo,
É irreal e litigiosa,
O medo apodera-se do ego e da alma,
O foco tímido de luz. Não basta!
A cegueira continua imperiosa.