Desfazenças

Em que momento a gente deixa de caber nos outros?

Quando o laço do abraço vira (pro)cela,

tramela,

sopro na vela?

Chega uma hora em que viramos discurso,

troça,

bossa.

A gente deixa de existir.

Vira mito ,

riso,

raiva.

E partimos assim, esvaziados,

com uma trouxa de mágoas e nadas debaixo do braço .

Talita Fernanda Sereia
Enviado por Talita Fernanda Sereia em 17/01/2018
Reeditado em 19/01/2018
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