Desfazenças
Em que momento a gente deixa de caber nos outros?
Quando o laço do abraço vira (pro)cela,
tramela,
sopro na vela?
Chega uma hora em que viramos discurso,
troça,
bossa.
A gente deixa de existir.
Vira mito ,
riso,
raiva.
E partimos assim, esvaziados,
com uma trouxa de mágoas e nadas debaixo do braço .