MEUS ÓPIOS E EDÉNS
A dor de existir já se tornou
algo habitual e os
medicamentos
e o álcool já não
lhe alcançam mais
você, querendo ou não,
se acostuma.
O corpo aquieta e a alma
medita.
Meu cérebro lateja entre
as têmporas
enterradas no travesseiro,
num último fôlego
carregado para abrir os olhos
e me levantar.
Talvez,seja o que me resta,
o que para sempre
me pertença
Sentir será a minha
sentença.
Existir me será meu ópio!
Minha angustia!
Meu sangue!