MEUS ÓPIOS E EDÉNS

A dor de existir já se tornou

algo habitual e os

medicamentos

e o álcool já não

lhe alcançam mais

você, querendo ou não,

se acostuma.

O corpo aquieta e a alma

medita.

Meu cérebro lateja entre

as têmporas

enterradas no travesseiro,

num último fôlego

carregado para abrir os olhos

e me levantar.

Talvez,seja o que me resta,

o que para sempre

me pertença

Sentir será a minha

sentença.

Existir me será meu ópio!

Minha angustia!

Meu sangue!

Ainda Menina Mar
Enviado por Ainda Menina Mar em 13/01/2018
Código do texto: T6225193
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