NÃO

Não busque em meus olhos as tuas vontades.

Não venha traçar conceitos sobre os meus detalhes.

Jamais diga que me conhece porque me viu um dia.

Nunca fale das minhas roupas, pois considero nada, são panos indesejáveis para meu espírito. Para esse corpo que nunca desejei.

Suponha, mas nunca diga que sou.

Por que eu sou o que eu quero no momento que quero.

Dependo dos outros, mas não dependo das opiniões deles para ser.

Sou a cor que quero. Sou da favela. Sou dos castelos. Sou um plebeu que a cada dia supera-se. Que conquista. Que da a mão. Que pode até se importar com pensamento sem fundamentos, mas que nunca idealizara algo que traga o desprezo para o outro. Isso ficou pra você, pra você que precisa achar que os outros são as suas imaginações. Que pela a sua imaturidade ou maturidade em ser idiota, as pessoas devam ser o que não são. Que elas devam ser o seu projeto arquitetônico de preconceito.

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 10/01/2018
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