Quem me dera...
Quem me dera poder sair de mim algumas vezes.
Quando a tristeza batesse na porta do quarto ou quando o peso das preocupações chegasse como uma visita inesperado no final do ano.
Quando o fracasso tentasse sentar ao meu lado na poltrona ou quando a ansiedade viesse me cumprimentar questionando-me sobre a vida.
Quem me dera poder sair para passear e deixar em casa todo o meu lado pesado e espezinhado.
Quem me dera fosse possível ouvir apenas a voz suave da minha paz interior e deixar no silencioso as demais coisas.
Quem me dera sentir apenas o transbordar do meu coração e sua satisfação e prazer.
Assistir a minha saúde mental dançando livre no jardim.
Quem me dera apenas uma vez, não sentir o peso da minha própria tribulação.
Cantar.
Dançar.
Correr.
Vencer.
Pular.
Ser.
Quem me dera, sentir o vento bater no meu rosto e o coração pulsar em uma alegria demasiada.
Quem me dera, ao menos uma vez sentir o prazer em ser quem sou
sem medo
sem perda
sem dor.