Madrugada...
Na madrugada
Meio que a gente se perde
Meio que a vida transcende
Ao som de algo que toca no espírito
Sozinho como na solidão do mesmo
...
Na madrugada
Meio que a gente dispersa
Meio que a vida não pensa
Meio que as veias não pulsam
Meio que o sangue não corre (nem escorre)
Meio que o som seco do tiro que sai do peito
Nem ecoa nos ouvidos da mente
Nem na mente do coração
...
Meio que nada funciona direito
Meio que nosso amor se esvai (ou já se foi)
E nem existe mais
...
Meio que a distância disfarça
Não apaga
Não sustenta
Não Lamenta
...
Meio que nem sei que meio
Meio que me perco na lástima inexorável do meio
Meio que nada mais faz sentido
Meio que a vida volta de sua infinita viagem pela interrupção do infinito...