"Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece." Franz Kafka
Um pedacinho da pedra filosofal
E o pintor hoje vive, aos sessenta,
a colorir a flor, se não me engano,
aquela do jardim parnasiano,
que floresceu num vaso d'água benta.
A flor que a arte, em vida, inda sustenta
e que, à natureza, empresta a tinta.
A flor que faz que o mundo às vezes sinta,
que o belo sobrevive aos sessenta.
E o poeta, que tem sessenta ou mais,
impõe, à poesia, alguns sinais
de que há de viver eternamente.
E deixa, sob a pena, a cada verso,
a tinta que furtou do universo,
pra tatuar na alma o que ele sente.
Um pedacinho da pedra filosofal
E o pintor hoje vive, aos sessenta,
a colorir a flor, se não me engano,
aquela do jardim parnasiano,
que floresceu num vaso d'água benta.
A flor que a arte, em vida, inda sustenta
e que, à natureza, empresta a tinta.
A flor que faz que o mundo às vezes sinta,
que o belo sobrevive aos sessenta.
E o poeta, que tem sessenta ou mais,
impõe, à poesia, alguns sinais
de que há de viver eternamente.
E deixa, sob a pena, a cada verso,
a tinta que furtou do universo,
pra tatuar na alma o que ele sente.