Palavras em sopro
Das estradas percorridas
relembro de longas trilhas
e com elas sigo a vida
escrevendo minhas rimas,
descrevo e canto o amor
a lembrança do dissabor
sem esquecer da maléfica dor
pensamento incensante
pareço por vezes um punhal pungente
indomável animal pensante
do amor e da poesia um eterno amante
Palavra atrevida de nossa vida que foi banida
deixou a lida e com a morte fez guarida.
Eu que hoje pouco que escrevo
me retrato ouvindo mais que o necessário
árdua labuta que a vida me proporcionou...
Seguindo a vida a esmo
é notório que uns ficam
os outros se vão
mais jamais devemos esquecer
nesse intervalo de tempo os bons amigos.
Nesse momento de pensamento infindário
instante que tenho só para mim
só de pauta e o que me resta
escrever em estilo de festa, rimas sem fim
e contudo confesso que o medo das palavras
assombra e bate,pois não sei do leitor o arremate
Jamais duvidei que Deus me carrega nos braços
Em trechos de minhas escritas
Ele me ensinou o amor
amor de verdade
numa diversa realidade
respiro, transmito, escrevo, transporto,
vivo e transmito um pouco de meu eu,
E nesta realidade a gostosa arte de entalhar
prosas,rimas e versos.
Cada estrofe o verso tenta mostrar
um caminho, uma nova porta
o talvez o lugar da felicidade.
Deixo meus versos refletirem
aquilo que sinto de verdade
E nos meus versos confiante
tropeço e sempre me levanto.
Sou um escritor crú e venho de um
tempo já um pouco distante
sou um poeta sentado a beira do caminho
contando os versos como a infinita
boiada de um boiadeiro errante