Tempo e Vento

No delírio da repentina

e repetida insonia,

ainda acordei consciente

mas não percebi que o meu

tempo correu,e tudo ficou gravado

mas ficou a maioria no passado,

devo ter a notória que hoje é presente.

Acordo hoje numa dispersa realidade,

retratando tudo aquilo o que fui

e da empáfia vida que hoje já não sou.

Tempo esse que passou apressado

Junto de um temporal e o vento dos anos

muito soberbo, sem esperar tudo ele carregou

até os mais simples sonhos de antigamente.

Sentado na sala junto ao meu chimarrão de agora

a cada trago que sorvo tento esquecer

e não mais viver nesse passado que ficou,

me via perdido em muitos lugares,

com pessoas estranhas, as vezes jogado nos bares

e com diversos pronomes, com propostas vulgares

Eita vida boemia que deixou mágoas e também,

as boas lembranças,das cantigas pelas sombras,

das bebedeiras com fartos risos e a lamuria dos choros.

Sobrou a historia das praias dos vales e das campinas,

o sonho voou na altura das montanhas, ficou indecifrável como

os sete mares, e toda alquimia destilada com derrotas e vitórias.

Percorri ao longo de minha trajetória muitos caminhos,

conheci o tempo das crianças,

conheci o tempo dos homens e mulheres

estranhos que se encontraram

conhecidos que se reencontraram e se perderam,

nesse mesmo enlevo que só o vento do acaso permite,

esse que me carregou com o tempo, e com esse mesmo

vento dos tempos, relembro dos momentos vividos

e muitos que por vento contrario não foram realizados.

Porém de tudo não quero desse tempo passado mais viver,

mas a memória e as lembranças insistem em não esquecer.

Seu eterno menino
Enviado por Seu eterno menino em 14/11/2017
Reeditado em 14/11/2017
Código do texto: T6171489
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