Alheio em meio ao tempo
Procuro aliviar a dor, em meio a angústia
Contra os marasmos e a depressão filha da puta, que me afunda
Vou sair fora, pra dar uma volta, né
Pra ver se alivia todo esse sentimento de revolta
Nadar sem remo, contra a maré
Pagar pelos seus pecados e mesmo assim, manter a sua fé
Não importa quem, e nem de onde é
Mas faça valer a pena, enquanto você puder
A carne que almeja, o corpo que anseia
Me faz me sentir mais vazio do que as lata de breja
A mente que deseja, pede o conhecimento
Murmura na sua cabeça, são diversos pensamentos
Quero me salvar, e por nisso um fim
Passar a acreditar e também a confiar em mim
Sem sombra na vida, achar a minha paz
Não preciso de mais gente me falando que não sou capaz
Sei que posso, e serei mais!
Graças aos Racionais
Mesmo que ainda sejam, incompreendidos pelos nossos pais
Caminhando de cabeça baixa, com a garoa na cabeça
E os pensamentos atordoados, mais pesados que marreta
Fixo, na memória, me vem logo aquela imagem
Incrível como palavras, marcam como tatuagens
Agora me diga nessa vida, quem aqui não se perdeu?
Após o abandono, o talento floresceu
Isso me fez sonhar, poder de ficar mais leve
Tudo ganha graça, quando pro papel você transfere
O sentimento acumulado, que anda te perturbando
Várias fita na cabeça, e as conta acumulando
Lutar pelos seus mano, matar todos racistas
Para que não sejamos mais, vitimas da policia
E o coração aperta, a cada nova despedida
Não dá nem pra contar, quantas veiz morri em vida
Se cada linha bruta, é um sentimento agoniado
Uma bola de ressentimentos, descendo por ladeira abaixo
Já pensei em parar de pensar, e desisti
Odeio confessar, mas ainda não te esqueci
Pai, olha por mim, nos salve também
Só me deixe me preocupar, com quem quer o meu bem
Sigo só e digo amém, disposto para o que vem
Me empreste seus ouvidos, já não aguento ser refém