Papel de seda

E se o sofrer fazer o coração sangrar,

De um jeito que nada faça cicatrizar;

E viver seja o bater fraco da emoção,

Um pouco de verso, uma nova canção...

Embalando essas noites intermináveis,

Estrelas magníficas no céu, incontáveis;

Pois, promessa foi feita, espera sincera,

Senta, confia, acalma, ainda é primavera...

E o verde é a cor que impera, aquarela,

Tua tela mais bela, é flor sem quimera;

Tem perfume, toque de seda, conceda...

Ceda; palavras voam em folhas amarelas.