M(EU) EDIFÍCIO
Estou tão diferente.
O que aconteceu?
Digam-me minha gente.
Vocês que convivem comigo
Vocês que são meus amigos
Você que me dá afago e abrigo ...
Digam-me? Preciso saber.
Busco algo em meu abissal
Algo que tive e que escondi
Destarte, pudesse achar alí ...
... acho que ficou em um recôndito
Em um templo de silêncio
Meu eu calou néscio de mim
É até irônica essa busca interior
Minha mistura de alma-cal
Esculpindo meu jeito no tempo
Cremando os meu defeitos
Espalhando-os ao vento
Massa disforme, mofa, sem sal ...
Reergue-te!
Chama por Morfeu!
Não para amorfinar-te.
Sim para reconstruir sonhos!
Projeta! Planeja! Constroi
Alicerça-te irrigada de amor
Tuas paredes-palavras de vida
Tua laje seja a infinitude dos céus,
Tuas vigas teus sangue purificado.
Teus pilares: irmãos, marido, filhos, amigos...
E que a infraestrutura de teu edifício
não seja, jamais, fedida, fendida, corrompida.
A construção é diária.
Não é vinda é vida. É ida.
Usa a melhor matéria-prima: Amar sem limite.
É Dificil?
Madalena de Jesus