O devido espaço
No canto que me cabe
Que o arquiteto despreza
E o engenheiro faz vista grossa
É onde me acomodo
E armo minha rede
Onde podem me enxergar reluzente
Mesmo que falte luz
O brilho está para o poste
Como estou eu para a morte
Visando
Um horizonte diferente
Algo que faça minha mente sentir orgulho
Fugindo
Mesmo sendo, que seja
O último momento de sanidade
A erosão do solo
As montanhas
O satélite guiado pela gravidade
Inexplicável...
O galo que canta
A física aponta
Mais uma novidade
Da mente ultrapassada
Os contrastes
A desgraça no ato de descrever
De cantar
E viver
Viver é a parte difícil
Quando só se pensa no possível conforto
Que a morte promete oferecer.
- G.