O devido espaço

No canto que me cabe

Que o arquiteto despreza

E o engenheiro faz vista grossa

É onde me acomodo

E armo minha rede

Onde podem me enxergar reluzente

Mesmo que falte luz

O brilho está para o poste

Como estou eu para a morte

Visando

Um horizonte diferente

Algo que faça minha mente sentir orgulho

Fugindo

Mesmo sendo, que seja

O último momento de sanidade

A erosão do solo

As montanhas

O satélite guiado pela gravidade

Inexplicável...

O galo que canta

A física aponta

Mais uma novidade

Da mente ultrapassada

Os contrastes

A desgraça no ato de descrever

De cantar

E viver

Viver é a parte difícil

Quando só se pensa no possível conforto

Que a morte promete oferecer.

- G.

Gonçalveski
Enviado por Gonçalveski em 06/10/2017
Reeditado em 06/10/2017
Código do texto: T6134965
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