Leveza
A leveza é inconsistente em si
Somos assim, densos demais
Buscamos a liberdade
Presos nos princípios dogmáticos sentimentais
Romantizados por uma sociedade doente
Na burocracia de sentimentalismos formais
Baseado em conjecturas solúveis, feito poeira carregada pelo vento
E quantos são os amores
Que morrem em meio ao pó?
Quantos nascem entre escombros isentos da luz?
E lá permanecem
Somos insetos ao redor das lâmpadas morais
Tentando se adequar a sentir as emoções de um mundo fora dos eixos
Tentando fazer melhor
Mas ainda arrastando correntes
Para fazer valer o aprendizado de dores passadas
Emocionalmente infantis
Burocráticos e insanos
Na roda da vida, somos os ratos que correm no mesmo lugar
Iludidos de que os caminhos serão diferentes
Sentimos pela metade
Vivemos um terço
Sorrimos uma fração ...
Minima!
Das infinitas possibilidades
Com medo dos próprios monstros
A existência exige doses de loucura e copos cheios de lágrimas
A vida é constante paradoxo
Damos dois passos a frente
E dez de ré nas estradas
E por isso
E ainda por isso
É tão sublime