PROMESSA DE UM SONHO

Tudo pode ser quase nada no ar

Aquele gesto pode transformar o mundo

É preciso mais que navegar

Para não morrermos de um desgosto profundo.

Em cada esquina há um sonho a mais

Em cada olhar uma pequena solidão

Tudo se transforma com tempo

Tudo parece nada no meio da escuridão

Escrevo como nunca antes

Falo para todas as paredes

Só ouço o eco de minha voz

É uma vontade de pular da ponte

O calar não faz meu gênero

O calor não é meu forte

A chuva continua caindo,

Uma vontade louca está surgindo

Mas sou pequeno poeta, porém, forte,

Minhas estruturas são velhos escritos

Sobre aquele lugar meio distante

A promessa virou um belo sonho

Que jamais imaginava existir antes

Mas as crises de existência,

Voltam a rondar aquela porta,

Enquanto aqui chove demais

E molha alguns planos

Arquitetos ao meio dia.

Jangada – MT, 2003.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 25/09/2017
Código do texto: T6124894
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