PROMESSA DE UM SONHO
Tudo pode ser quase nada no ar
Aquele gesto pode transformar o mundo
É preciso mais que navegar
Para não morrermos de um desgosto profundo.
Em cada esquina há um sonho a mais
Em cada olhar uma pequena solidão
Tudo se transforma com tempo
Tudo parece nada no meio da escuridão
Escrevo como nunca antes
Falo para todas as paredes
Só ouço o eco de minha voz
É uma vontade de pular da ponte
O calar não faz meu gênero
O calor não é meu forte
A chuva continua caindo,
Uma vontade louca está surgindo
Mas sou pequeno poeta, porém, forte,
Minhas estruturas são velhos escritos
Sobre aquele lugar meio distante
A promessa virou um belo sonho
Que jamais imaginava existir antes
Mas as crises de existência,
Voltam a rondar aquela porta,
Enquanto aqui chove demais
E molha alguns planos
Arquitetos ao meio dia.
Jangada – MT, 2003.