Espaços
São espaços que o tempo não pode cobrir
Sou um cara com uma figura distinta e um sorriso amarelo
Sou o cara que pode pensar em você a qualquer hora do dia e
Escrever-te um belo poema
A vida é sempre um dilema
Porque no meio de nossas dúvidas sempre há a solidão
Porque sinto esmorecer meu espírito e desaparecer o chão
Posso ver cada centímetro da rachadura que se propaga
Como ferrugem que consome e nunca para, nunca para...
Palavras vagam pelo mar da saudade como se pudessem voltar,
Talvez toda esperança de resposta esteja depositada nelas
Quão grande incumbência para quem vaga à deriva
No esquecimento...
Não há quem possa dizer quem sou
Pois se não estou a seu lado, nem mesmo sei onde estou.
Sou o cara que pode sonhar com você por entre as tempestades
Vislumbrar seus sorrisos e lembrar de seus olhares
Não me sinto preso às limitações do meu corpo
Tudo transborda até minha alma, onde só você ainda faz falta.
Permaneço debilitado, me lembrando das estrelas, que já não são as mesmas... Parecem brilhar mais sem você por perto...
Sem seus olhos que as ofuscavam.
São espaços que o tempo não pode cobrir
São espaços sem fim
Onde sinto falta até de mim, sinto por nós, sinto por mim...
Não queria que fosse assim.