RENASCIMENTO
Vem, chegue bem perto!
Sente essa luz vibrante, cálida,
e enrubesce minha face pálida.
Dome essa voraz inquietude.
Mostre-me que a senda da virtude,
nem sempre é o céu, a altitude.
É também aquela que, no fundo,
passa por beirais de precipícios.
Nos arrasta para um outro mundo,
onde é imperioso mergulhar,
sem temer a sorte ou o azar.
E assim, enxergar que a luz esconde,
a essência da sombra, que me assombra,
e, às vezes, te fere, irrita e zomba.
Uma resposta poética ao poema "Retrocesso" de Niniz Voaglin