DESTINO DE PEDRA

De um desejo profundo,

Do fundo da terra,

Algo vem ao mundo.

A iniciação, o primeiro sonho

Interpreta-se e encerra

O que no solo, eu ponho.

Cresce. Não cresce...

Se ri e chora da duvida.

Este adubo entristece...

Com a chuva de prantos

Um novo ar ganha a vida

E o choro novos cantos...

Mas, longa é à noite

E de um sereno sutil...

Mais não seu apetite.

E os das pragas!

Que devoram o mais gentil

Deixando apenas suas mágoas!

E estas, sendo de certo

Marcas bem profundas

são sementes num deserto...

E as areias são estrelas!

E o cosmo, são como ondas!

E as afirmações, simples balelas...

Mas não o tempo que corre...

Nem a noite que se esvai...

Nem o ultimo suspiro de quem morre.

As sementes viram arvores,

O fraco sempre cai,

Os heróis viram mármores...

DESTINO DE PEDRA

TEYU

Adilson Teyu
Enviado por Adilson Teyu em 08/09/2017
Código do texto: T6108260
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