VIVO, REAL...
De que se alimentam os sonhos?
Essa é a angústia de não saber
Já que tudo parece vivo, tão real...
Viver não é o bastante.
É preciso transcender o palpável,
O que não se vê, mas pode ser sentido.
Infinitas são as possibilidades de se ouvir
Os sussurros quando estamos na quietude,
Voltados para dentro, morada do eu.
Tudo é efêmero, nuvem de algodão
Que desfaz-se num piscar de olhos.
Somos passagem deixando rastros
Que a poeira do tempo irá destruir.
De que alimentar uma vida?
De gotas homeopáticas de esperança,
Alegria, amor no coração e sintonia
Perene com a surrealidade!
Denise Flor©