Posseiro da pátria
Eu amo a minha pátria brasileira,
com um amor calado, cego, surdo...
Amor que foi traído e, sobretudo,
fulgura junto as cores da bandeira.
Amor que me coloca nas fileiras
dos órfãos dessa mãe adormecida,
a quem entrego, em morte e em vida,
minha gota de sangue derradeira.
Amei o meu país a vida inteira,
com esse amor, sem eira e nem beira,
e hei de amá-lo, até nascer de novo.
Com esse amor que teima e subsiste
pra esboçar um riso, embora triste,
e disfarçar o pranto do seu povo.
E ainda que a "serpente ponha um ovo",
a mão de um democrata não desiste.
Eu amo a minha pátria brasileira,
com um amor calado, cego, surdo...
Amor que foi traído e, sobretudo,
fulgura junto as cores da bandeira.
Amor que me coloca nas fileiras
dos órfãos dessa mãe adormecida,
a quem entrego, em morte e em vida,
minha gota de sangue derradeira.
Amei o meu país a vida inteira,
com esse amor, sem eira e nem beira,
e hei de amá-lo, até nascer de novo.
Com esse amor que teima e subsiste
pra esboçar um riso, embora triste,
e disfarçar o pranto do seu povo.
E ainda que a "serpente ponha um ovo",
a mão de um democrata não desiste.