Da janela
Onde está a alegria em teu poema?
Perguntou-me o colibri...
"Nos versos há o que está em mim.
Eles não são para te induzir ou seduzir!"
Não escrevo para que chores ou sorrias,
Nem para que fiques ou se afaste.
Olhe profunda e mais atentamente...
E verás cada verso é como teu beijo na flor!
Nas palavras estão minha fome e vontade.
Elas vem para sorver a essência do sentir,
Saem de mim para sugar-te o mel e o fel.
Podem dizer da rua, do mar, das dores ou de um céu.
Versos que nascem ao te encontrar,
Não tem a pretensão de se explicar.
Se te confundem: perdoe-me!
É no frenesi do bater de tuas frágeis asas,
Que um dia quem sabe, com sorte,
Aprenderei a versejar.
Renata Vasconcelos.