Areia do tempo
Será que nunca irá entender?
Não é solidão que me apavora,
É essa falta tão grande de você;
Que a cada noite vem e devora...
As horas, as palavras, as paredes,
Essa vida que vai ficando fininha;
Ruindo, mas, tem fé, não se rende,
Continua, esperançosa e sozinha...
Caminha por pedras, areia do tempo,
Que vai afunilando, acabando; quando;
Deveria ser leve, branda, feito o vento,
Beijando as pétalas, a flor acarinhando.