Sol de abril
Para além da minha estrada havia o tempo
Que se estendia além do mar, além do sol, além da vida.
Foi no tempo que encontrei e que perdi, que recebi e que doei, tantas e tantas coisas.
Nas rodas da saia de uma moça cigana eu vi o tempo parar pela primeira vez.
Depois, foi no teu olhar.
Um outro sol veio nos aquecer.
Iluminou e encheu de brilho as nossas manhãs.
Mesmo no cinza do mês de abril, este sol nunca se escondia.
Então, anoiteceu e já é inverno.
Eu ainda te espero, a moça cigana ainda roda saia em uma dança misteriosa e o tempo?
Bem, o tempo... só ele dita o caminho do nosso sol particular.