ORGASMO EM BRÓCOLIS
O amor só conhece guerras
O ódio brota em solo invejoso
A alma anseia por fôlego
Nada é tão lindo que transforme o feio.
Trevas existe no olhar alegre
Amor é pecado silencioso
Alegria modifica o destino
O maior pesadelo do coração é o perdão.
Existe um limite entre a cegueira
No frio do corpo calor nos dentes
Podre é o conselho do âmago frívolo
Existe na água uma pureza perdida em nós.
Quando a boca ficar quieta tenha medo
Donde os sonhos se realizam há receios
Nada no amor nos leva tanto ao êxtase
Morte e alegria acompanha os fracos.
Os pés conhecem o sujo e ti
As palavras do bêbado rouba esperança
Nunca um fim terá tanto sentido às cobras
Eu busco no amor razão para dormir.
Muitos encontram nas palavras labaredas
Muitos buscam na lascívia sentimentos
Muitos querem o bem, mas parida é a mentira
Muitos afogam os sonhos no sangue.
Onde existe medo nasce o inferno
Quando um pecado brota essências de paz
Moído é os ossos do homem ânimoso
Não vive a cobra sem o picar anjos.
Não brota flores sem o solo sanguíneo em luar
Quando tua verdade exceder um bem desista
Jamais uma beleza foi além da suavidade
Morre muitos no mundo, mas a espada é voraz.
Coma sangue e durma no caldo da preguiça
Vá além do deserto e tenha colapso no Palácio
A Bíblia é mãe e o canônico é sua Palavra
No horizonte mora um Dragão arrebatador.
O corpo e o eu horrorizado pela pequenez
Os olhos, juízes do coração desamparador
A boca o horror do Sol que dança na língua
Vivem os Homens à procurar sexo e não mais.
Com a mão trabalho, nas unhas o luxo torpe
Nos fios do destino a queda dos sapos de ouro
Formigas roubaram o sexo das flores
Brócolis e maçãs e a política num inferno ateu.
Luz no amor trevas no coração apolítico
Trevas na justiça e piolhos no tratado Nobel
Globalização e gerenciamento de infatilizados
No amor somente duas verdades alho e sexo.
Em mim o furacão preso na garrafa trincada
Eu sei que há um vazio que consome tua carne
Eu sei que há uma lágrima de ética no cosmos
Não e sim, numa firmeza que atiça o nascer da fênix nua nas cinzas do orgasmo em brócolis.