OS BARCOS

Barcos distribuídos,
No resplendido mar,
Vento largo, aguerrido,
Canta, dá sentido,
Ao verbo navegar...

Barcos evoluídos,
Distantes do meu olhar,
Lentamente abduzidos,
Pelo tom entardecido,
Da luz solar.

Barcos comprometidos,
Com a noite que vai chegar,
Com os pescadores unidos,
O não se dar por vencido,
Com a rede, o esperançar...

Barcos envolvidos,
Pelo transcendido ar,
Pelo mar desconhecido,
Pelo encantado sonido,
Da sereia: - Vêm me buscar.

Barcos há tempos adidos,
Ao homem, seu bem estar,
Muitos portos atingidos,
Muitos rumos perdidos,
Assim, é a vida, não da pra controlar.

Barcos! os labores, os amores vividos,
Absolutamente nada, pode apagar.