Capitalismo da Fé
Houvesse vida eterna em carne e osso,
não haveria culpa e nem perdão.
E, desta feita, qual religião
pagaria a despesa do almoço?
Se almoço de graça é ficção,
como dizem os doutos. Afinal,
seria a morte o prato principal
do cardápio da vida? Não sei não!
Houvesse almoço grátis nos negócios,
seriam vida e morte eternos sócios,
como são, até hoje, o bem e o mal.
A doutrina se ergue sob o lucro,
como um ser emergente do sepulcro
em que o diabo investiu seu capital:
o dinheiro da fé de um santo chucro,
que no céu ou inferno é sempre igual.
Houvesse vida eterna em carne e osso,
não haveria culpa e nem perdão.
E, desta feita, qual religião
pagaria a despesa do almoço?
Se almoço de graça é ficção,
como dizem os doutos. Afinal,
seria a morte o prato principal
do cardápio da vida? Não sei não!
Houvesse almoço grátis nos negócios,
seriam vida e morte eternos sócios,
como são, até hoje, o bem e o mal.
A doutrina se ergue sob o lucro,
como um ser emergente do sepulcro
em que o diabo investiu seu capital:
o dinheiro da fé de um santo chucro,
que no céu ou inferno é sempre igual.