Ainda sou assim
Além de tudo sou da resistência, resisto de forma resiliente as angurias das mudanças... Resisto a banalização dos sentimentos e do uso dos sentidos... Ainda romanceio o conhecer alguém com todos os apetrechos e suores do trabalho árduo da conquista... Porque enchergo que a perenidade de um sentimento que se alonga pelos anos afora exige mais que uma excitação aparentemente ... É algo que se chama atenção pelo conhecer... Vai se concretizando pelo conviver ... Mais só se eterniza pelo constante regar e cuidar, até que isso vire uma vida... Até que isso seja você. Até que se confunda o bem estar do estar contigo com o não mais poder se afastar sem que se perca algo valioso... É por isso que não me torno moderno nesse ponto ... Nem me adapto a pós-modernidade do atual desapego de tudo ... E do desregrado e farto momento em trocas constantes ... Onde não há o apego do único e sim o agrado do máximo que se pode fruir das muitas luxúrias e poucos amores eternos ... Para se recordar lá num tempo futuro, quando não mais se existir na forma perene, que somos todos nós (Gerson Silva)