Prosas e Areias

Prosas e Areias

As ondas apagaram os passos passados,

Sigo na direção que mal sei aonde seguir.

Feito e desfeito que nas pressas inexistiu

E se vi aqui passar é o dito pelo não dito.

Que essa nova invenção me traga júbilo,

As velhas bugigangas são eternas dores.

Meus pés medonhos vislumbram amores,

Me enfeite de flores e lance fora espinhos.

Quanto mais eu penso, menos compensa

E esta história que é tensa não descansa.

Então eu te concedo a honra dessa dança,

Certo do teu querer de querer ser meu par.

Nestas areias que sutis bailam sob nós,

O som das águas se confundem a tua voz.

E ouço atentamente os tons das verdades

Mistas a doçura de olhares sem vaidades.

Já é tão tarde para notar as luas vividas,

Ou perceber o infinito que está no presente.

Porém cedo que seguro suspiros inseguros,

E o coração batendo segue à buscar a vida.

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 15/08/2017
Código do texto: T6084177
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