Prosas e Areias
Prosas e Areias
As ondas apagaram os passos passados,
Sigo na direção que mal sei aonde seguir.
Feito e desfeito que nas pressas inexistiu
E se vi aqui passar é o dito pelo não dito.
Que essa nova invenção me traga júbilo,
As velhas bugigangas são eternas dores.
Meus pés medonhos vislumbram amores,
Me enfeite de flores e lance fora espinhos.
Quanto mais eu penso, menos compensa
E esta história que é tensa não descansa.
Então eu te concedo a honra dessa dança,
Certo do teu querer de querer ser meu par.
Nestas areias que sutis bailam sob nós,
O som das águas se confundem a tua voz.
E ouço atentamente os tons das verdades
Mistas a doçura de olhares sem vaidades.
Já é tão tarde para notar as luas vividas,
Ou perceber o infinito que está no presente.
Porém cedo que seguro suspiros inseguros,
E o coração batendo segue à buscar a vida.