Diálogos do infinito
Nas covas da existência infinita
Imersos somos na tensão de nossas dores
Guardamo-nos
Em gavetas fundas e intimas
Enterramos passados entre pilhas de questões mal resolvidas
Lembranças de criança
Foras da vida
Barcos a deriva
Diálogos do infinito
Olhamos lírios a semear em novos campos
Possibilidades e instantes
Erguemos sonhos no mundo
Tijolo
Por tijolo
De acertos e erros
Nessa conversa eterna de nós
Para desatarmos nossos nós
Coragem e medo fundidos em peça única
Espadas de ferro
Escudos e armaduras
Somos assim
Metade luz
Metade escuro
Na dança breve das emoções que nos dão sentido
Seguir sentindo
Até mesmo as ausências
Para que haja esperança
Na luz que compõe uma nova aurora
Florescer presença
Para que no silêncio
Possamos escutar
O que diz a nossa própria voz