Etéreas Particularidades
Respiro ares de vida
Todo e completo calor das criaturas
Meus grãos de alegria semeio em sorrisos que arranco
Preparo terras de liberdade
Em campos férteis de evolução
E canto.
As vezes recolho-me a insignificância da minha existência incógnita
Sei de mim apenas o que não sei
E tudo que sei é apenas vício
Tudo fim
E tudo início
As vezes porém,
Existo apenas por esperar a luz do sol
Em ansia de calor e claridade
Que me retire a agonia dos dias cinzas
De mãos e sentimentos congelados
De sentimentos exilados
Visito memórias
E encaro espelhos
Monstros meus, eus e medos
Uma dança nobre e circular
De um sentimentalismo contido e controlado
Ofuscado pelo otimismo
Particular gatilho de cada dia
E decisão
Falsa simetria das horas
Que me ignoram
Mal dívidas entre ser e estar
Mas de peito aberto sigo
Entrego
Agradeço
Confio
Abro as portas de mim
E se bater?
Eu deixo entrar.