A alma de um poeta vaga

A alma de um poeta vaga,

Pela noite,

Pela mata,

A procura de novos detalhes,

Nos mesmos lugares,

Criando uma nova versão

De si.

Jeito novo de ser o que é

E quando acabar

só quero no fim do dia

ela pra descansar.

A alma de um poeta chora

Pois não consegue se satisfazer

Chora

E cansa,

Pois não consegue se entender

Dentro de florestas de amores,

Dentro dessas selva de paixão

Sentimos nas veias o pulsar do coração.

Como uma tarde alaranjada,

uma vida amedrontada, ou ate entusiasmada

Pela fome e sede de viver.

O café preto, tão amargo

Doce foi mesmo teu braço que me fez reaparecer

E dança, meu amor

Voa, como um passarinho, seguindo o caminho

Não se esqueça de voltar pro ninho

A alma de um poeta vaga,

Pelo espaço e dentro de si flutua

Relutando e reforçando

Nada como ela se doando nua e crua

E no meu ombro ela se deita, deleita, derrama o céu em mim

Faz florir no peito

O mais belo jardim

Gabi Batoni
Enviado por Gabi Batoni em 09/08/2017
Código do texto: T6078849
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