A alma de um poeta vaga
A alma de um poeta vaga,
Pela noite,
Pela mata,
A procura de novos detalhes,
Nos mesmos lugares,
Criando uma nova versão
De si.
Jeito novo de ser o que é
E quando acabar
só quero no fim do dia
ela pra descansar.
A alma de um poeta chora
Pois não consegue se satisfazer
Chora
E cansa,
Pois não consegue se entender
Dentro de florestas de amores,
Dentro dessas selva de paixão
Sentimos nas veias o pulsar do coração.
Como uma tarde alaranjada,
uma vida amedrontada, ou ate entusiasmada
Pela fome e sede de viver.
O café preto, tão amargo
Doce foi mesmo teu braço que me fez reaparecer
E dança, meu amor
Voa, como um passarinho, seguindo o caminho
Não se esqueça de voltar pro ninho
A alma de um poeta vaga,
Pelo espaço e dentro de si flutua
Relutando e reforçando
Nada como ela se doando nua e crua
E no meu ombro ela se deita, deleita, derrama o céu em mim
Faz florir no peito
O mais belo jardim