Luta cotidiana
Tenho andado sereno nas tardes de frio
Também pisado as estrelas que caem do céu
Não me pergunte que jeito se dá na tristeza
Ah! Luta cotidiana
Uma espécie de verso que rima sozinho
Porque se não, se cai do penhasco.
Quando os pés descalços passeiam na grama
Desperta a criança que ri debaixo do sol
O nó da gravata derrete-se em liberdade
Ah! Luta cotidiana
Fica um tanto mais branda ainda que injusta
Uma trégua que se não, se morre.
O trânsito lento, o sapato apertado no pé
Seu Zé grita “jabuticaba”, abre o sinal
O asfalto latejante, um sapo a ter que engolir
Sobretudo aguentar careta o sopapo
De ver na TV tamanha injustiça
E ainda ter que tirar um grande amor da cabeça.