EU, O MAR E O VENTO
Sou aquele barco que desancora,
Na sonora amplitude do agora.
Indo para bem distante,
Poeticamente errante.
Eu, o mar e a influência,
Imensidade, trindade, convivência.
Eu e a abstrata partida,
As ondas na proa, pelágica acolhida.
Soou o barco, matizados moveres,
Para trás, retalhos de vida, deveres.
Para trás, inquietações, senões, desamores,
Páginas cinzeladas, despetaladas flores.
Uma estranha paz invade o meu ego,
(Mar)avilhosamente me entrego.
Dizem que é uma espécie de fuga, que seja!
Na linha perpendicular, o mar, me veleja...