Quimeras
Com muita sobra de tempo
Sem nenhum outro intento,
Até as nuvens eu voo
Canções de amor entoo.
No céu bordado de algodão
Descanso meu coração
Desenho com meu olhar
Um castelo a me encantar.
Ou até mesmo um navio
A singrar no mar bravio.
Faço uma longa viagem
Mesmo sem levar bagagem.
Quando menos eu espero
Um zepelim vem austero.
Porque não existe distância
Nele entro com elegância.
Em quimeras e desejos
Tudo são breves lampejos
Agora, em cavalo alado
O sonho corre embalado.
Sem humana insanidade
Buscando dignidade
Na nuvem tento fugir
E o vento vem afligir.
Mas ela fica cinzenta
Sai do prata e não lamenta.
Cai na Terra em doação
E acorda meu coração.