Poesia, vasto único abrigo
Poesia antiga de luta
amor e fadiga
vou lendo e percebo:
o tempo, sempre correndo.
Mudo o verso, mudo o enfoque.
Uso a rima para a vida como reboque.
Força, mulher. Luta!
Lua e rua, sob mil faces continuo nua.
Me entrego, me mostro e rasgo.
Grito num sussurro, pra vida, as vezes me calo.
Ando com pausa de verso ritmado.
Vidas de amores longos e infinitos passos.
Versos curtos, sempre de mesmo sentido.
Uma vida fazendo da folha e pena, único abrigo.
Ralúsia Nunes
28/07/2017