"A tarde é a velhice do dia. Cada dia é uma pequena vida, e cada pôr do Sol uma pequena morte." Arthur Schopenhauer
Um ocaso por acaso
Cada nova manhã, um novo dia
consome a carne crua do vivente.
Como a maçã na boca da serpente,
ou um verso a rogar por poesia.
Como um traço de luz do sol poente,
ou uma nota a mais na melodia.
Como um mar represado na baía,
ou as dores futuras no presente.
Cada nova manhã, um novo sol
mostra um peixe fisgado no anzol,
ou a decepção dum pescador.
É que a vida renasce, enquanto morre,
como alguém que dormiu, inda de porre,
e acordou bem depois do sol se pôr.
Um ocaso por acaso
Cada nova manhã, um novo dia
consome a carne crua do vivente.
Como a maçã na boca da serpente,
ou um verso a rogar por poesia.
Como um traço de luz do sol poente,
ou uma nota a mais na melodia.
Como um mar represado na baía,
ou as dores futuras no presente.
Cada nova manhã, um novo sol
mostra um peixe fisgado no anzol,
ou a decepção dum pescador.
É que a vida renasce, enquanto morre,
como alguém que dormiu, inda de porre,
e acordou bem depois do sol se pôr.